A troca frequente de óculos, além de coçar constantemente os olhos são sinais que devem ser investigados, pois são bastante comuns em quem tem ceratocone. O alerta é do médico oftalmologista Otávio Suenaga, da Clínica Anhembi, que é especialista na doença.

O ceratocone, ele explica, afeta a córnea, que é a principal lente dos olhos, afinando-a e provocando o seu encurvamento. O coçar dos olhos, por exemplo, leva quem tem propensão a desenvolver a doença mais facilmente. “O ceratocone geralmente tem início na adolescência e não se sabe exatamente a causa. A doença não faz com que o paciente fique cego, porém, prejudica bastante a visão e, se detectada somente em fases avançadas, necessita de transplante”, adverte.

Segundo o médico, hoje, com o avanço da medicina e da tecnologia, é possível fazer um tratamento – disponível na Clínica Anhembi -, chamado Crosslinking, que utiliza um colírio especial e uma luz ultravioleta, impedindo a progressão da doença. “Também é possível usar lentes de contato rígidas ou, no caso de não adaptação às lentes, anel corneano”, detalha.

O ceratocone é diagnosticado em exame oftalmológico de rotina.